quinta-feira, 23 de abril de 2009

Preocupa-me a JUSTIÇA. Naturalmente que sei distinguir perfeitamente entre entre a Justiça, e a justiça, ou seja, entre o que são conceitos de Justiça, e o que são entidades administrativas a aplicar leis. A verdade é que, na sua maioria, as leis nada têm de justo. Não passam de normas impostas por quem deter o poder tendo em vista salvaguardar os seus interesses e os dos que lhes são próximos, ou, pelo menos, da sua "linha". A corrupção é uma realidade inegável que, qual erva daninha, se vai disseminando por todo o lado, destruindo quantos se lhe queiram opôr. Mas, não será verdade que o sentimento social no que à corrupção se refere, é de aceitação? E se a sociedade aceita, deve ser criminalizado? É que "meter uma cunha" é corromper; pedir um "favorzinho", também. A corrupção não existe apenas quando se paga, em dinheiro ou em espécie. A corrupção existe sempre que se adultera o que aconteceria se não fosse uma qualquer intervenção de quem quer que seja. E não é isto que acontece todos os dias, em todos os lugares? Se não achamos mal que um nosso amigo, funcionário de uma qualquer repartição, nos dê "um jeitinho" ao nosso processo, ou nos permita sermos atendidos antes de quem chegou primeiro, porque havemos de achar mal que alguem que não tem amigos, utilize outros meios para usufruir das mesmas regalias, ou mesmo, defender os seus direitos? Corrupção ser crime? Que disparate!!! Se a sociedade não censura, porque há-de o legislador criminalizar? Então um crime não é um acto de desvalor para com a sociedade? Não é um comportamento que a sociedade, no seu conjunto, censura? e QUEM CENSURA O ACTUAL ESTADO DE COISAS? Só os que não têm amigos, nem dinheiro para obter os favores. Mas esses, coitados, não contam, apesar de serem A MAIORIA. E que podem fazer, se não têm poder, nem dinheiro para influenciar quem o detém? Abster-se e assim mostrar a sua indignação? ERRADO!!! Devem é exercer o seu direito de voto, provocando uma efectiva rotação no exercicio do poder, dando possibilidades a quem não deteve o poder de demonstrar que as suas palavras não passam de boas intenções e que, quando no poder, se lembram de quem neles depositou as suas esperanças. E se esses trairem a sua confiança, então, na próxima oportunidade, vota-se noutros. E quando dermos a volta, sem qualquer resultado na moralização dos comportamentos na nossa sociedade, então o melhor é mesmo FAZER UMA REVOLUÇÃO, ou seja, uma limpeza nestes politicos que dominam a nossa sociedade e a quem só não chamo nomes porque não pretendo usar linguagem tão brejeira neste blogue.
Como alguem diz: PREPAREMOS A REVOLUÇÃO (mas só depois de darmos a volta, tá???!!!)

E VIVA O 25 DE ABRIL






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