terça-feira, 14 de julho de 2009

IGNORÂNCIA???




Com cada vez maior frequência, surge na comunicação social, ou é difundida por canais da internet, propaganda contra a Maçonaria. Ainda recentemente recebi um e-mail de um “opinion maker”, que só o é porque assumiu a defesa de um confesso criminoso e decidiu brincar com o nosso sistema de justiça, arvorando-se em justiceiro, numa perspectiva que me parece ter como único objectivo “não cair sozinho”, de seu nome José Maria Martins.

Pretende-se que a Maçonaria esteja a intervir nas mais variadas áreas, em surdina, em segredo, cometendo ilegalidades e “patrocinando” favorecimentos.

Não é o referido José Maria Martins o único a fazer tais afirmações e insinuações, outros havendo que, abusando do acesso que têm aos órgãos de comunicação social, trilham os mesmos caminhos da manipulação e da divulgação da ignorância.

Tais afirmações / insinuações, só podem ser consequência de uma de duas coisas: a ignorância ou a má-fé.

E se a primeira poderá ser desculpável, a segunda já o não é, antes dá origem a sentimentos de revolta pela forma como se pretende manipular a opinião pública num estado de direito democrático, ao mesmo tempo que se afirma defender-se este.

A Maçonaria não intervém em negócios, não ajuda ninguém a obter o que quer que seja, não comete nem patrocina a prática de crimes ou de ilegalidades, tal como não conspira contra os poderes instituídos.

A Maçonaria, que não é uma associação secreta, contrariamente ao que muitos pretendem fazer crer, é uma associação de homens que pretende discutir exactamente o Homem e contribuir para o seu aperfeiçoamento individual.

Naturalmente que ao homem incumbe intervir de forma positiva na sociedade, e melhor o fará se sentir que não está só na sua “demanda”.

Mas são os Maçons e nunca a Maçonaria quem intervém socialmente. Foram Maçons que estiveram na génese de grandes movimentos, fundações e associações da maior importância. Nunca a Maçonaria.

A Maçonaria não se mete em politica; Os Maçons envolvem-se na politica. A Maçonaria não cria hospitais, escolas, associações, etc.; os Maçons fazem-no.

Assim, a Maçonaria não move influencias e não pratica ilegalidades; Admite-se que alguns membros da Maçonaria, ditos Maçons, lamentavelmente, o façam. Mas por haver indivíduos mal formados, não podemos nem devemos concluir que a Maçonaria é uma instituição má.

Aliás, os Regulamentos da Maçonaria impõem o afastamento, pelo menos temporário, de qualquer dos seus membros que seja acusado em processo criminal.

E depois há ainda que informar da existência de várias organizações ditas Maçónicas em Portugal, por vezes tão afastadas umas das outras, tanto quanto o são os seus princípios de efectiva actividade, já que teoricamente os princípios são os mesmos.

Mas quando se pretende atacar as organizações maçónicas, não se distingue entre elas, apesar de serem facilmente distinguíveis, desde logo pelo “folclore” que geram à sua volta.

Assim como a Constituição da República Portuguesa consagra o principio da presunção de inocência de qualquer cidadão, assim na Maçonaria se parte do principio de que todos os homens são bons e se pretende “torná-los melhores”.

A mentira e a manipulação de opinião devem ser afastadas da nossa sociedade, assim como todo e qualquer comportamento menos sério, aqui se incluindo, naturalmente, o encobrimento de tais comportamentos.

A Fraternidade, fomentada pela Maçonaria, não inclui a protecção aquando de práticas delituosas.

A Maçonaria não pode, nem deve, ser envolvida em quaisquer questões menos correctas, que não patrocina, nem aceita.

E a quem a ela se refira por ignorância, direi: “Aprenda, estude, que tudo está disponível”.

A quem a ela se refira por má-fé ou por inveja, direi: “Tenha vergonha! Seja sério!”

Por favor, forme-se ao informar e assim se contribua para a perenidade da liberdade de informação e de expressão.